RESUMO DE JOÃO

Por Enoque Brandão: Pastor e Jornalista
João, o apóstolo, escreveu o quarto evangelho, no qual demonstra a profundidade do seu amor pelo Senhor, o que se observa também nas três epístolas que levam o seu nome e no último livro da Bíblia, o Apocalipse.

Não por acaso, João é conhecido como “o discípulo amado”.
No prólogo do seu evangelho, o irmão de Tiago ressalta a divindade de Jesus e o seu poder criador: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus… Sem ele, nada do que foi feito se fez”.

A convivência diária com o Mestre fez o apóstolo convencer-se de que andava lado a lado não com um mero homem, ou um iluminado, mas ao lado do próprio Deus, “o Verbo que se fez carne e habitou entre nós”. Essa convicção faria de João, anos mais tarde, um prisioneiro na ilha de Patmos e um mártir cristão.

Em seu “breve” resumo, João mencionou apenas sete dos inúmeros milagres operados por Cristo. Para o propósito deste evangelho, o “discípulo do amor” considerou que era o bastante – a cura do cego de nascença, o cessar das ondas do mar e da tempestade e a ressurreição de Lázaro são alguns deles.

O autor sagrado identificou Jesus como o “Eu Sou”, título atribuído ao Pai no Antigo Testamento.
No seu evangelho, o filho de Zebedeu registra declarações de Cristo que apontam para esta verdade – eu sou o pão da vida, eu sou a água da vida, eu sou a luz do mundo, eu sou o caminho, a verdade e a vida, eu sou o bom pastor, eu sou a ressurreição e a vida, eu sou a videira verdadeira…

Lemos também que “ninguém jamais falou como este homem”, “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, “voltarei outra vez” e “sem mim, nada podeis fazer”.

Após dedicar dois capítulos sobre a morte e a ressurreição de Jesus, João se dá por satisfeito. Ele justifica: “Estes sinais foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (20.31). Ele não achou necessário mais que isso, porque “se tudo o que Jesus fez e ensinou fosse escrito, nem o mundo todo comportaria os livros que se escrevessem”.

Paulo pensava o mesmo. Para ele, “o Filho de Deus é o dom inefável do Pai, sendo sua dádiva maravilhosa demais para se descrever com palavras”.

Creia que Jesus é o Filho de Deus e tenha vida em seu nome.

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