Chamado por Cristo de Casa de Oração, o templo é usado atualmente para várias finalidades, entre as quais orar. O que deveria ser um culto de adoração ao Senhor transformou-se numa adoração antropocêntrica, isto é, dirigida ao homem.
Quando a igreja se reúne, há pouca submissão e reverência ao Senhor. Muitos que se dizem cristãos se acostumaram a determinar a Deus o que Ele deve fazer, como se o Senhor fosse um animalzinho de estimação, que atendesse aos comandos humanos. Esse não é e nunca foi um culto de adoração, nem esse é o Deus dos verdadeiros cristãos.
Muitos na igreja hoje em dia não querem pensar, mas sentir; negligenciam a doutrina, preferindo a novidade. Boa parte dos incautos se mostra indiferente à Palavra, mas exulta ao ouvir testemunhos eletrizantes. Com efeito, não vão à igreja para adorar a Deus, pois preferem shows. Não admira que prefiram circo a escolas bíblicas. Na verdade, o que desejam são as bênçãos de Deus, e não o Senhor que lhes deu a vida.
Crentes há que buscam trivialidades espirituais. Mas o culto não é show. Minha preocupação, como pregador, não é fazer as pessoas se sentirem bem, mas anunciar-lhes todo o conselho de Deus. Quem ouve a Palavra e a cumpre se realiza. A superficialidade espiritual tem gerado cristãos nanicos, que se retraem à primeira crise e se abespinham à menor contrariedade.
Os que não têm o temor de Deus vivem constantemente frustrados, são problemáticos e pulam de igreja em igreja. Sua preocupação não é conhecer a vontade de Deus, mas sentirem-se bem.
Importa-lhes, como num show, o que vai acontecer nos próximos minutos, e não o que Deus tem a lhes dizer. Gostam mais de mantras religiosos que da genuína Palavra de Deus.