Após um acordo político que resultou na inclusão do PP e Republicanos na base de apoio ao governo do presidente Lula, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), concedeu uma entrevista à Folha de S.Paulo para esclarecer a nova configuração política. Lira destacou que a Caixa Econômica está atualmente envolvida nas negociações com o governo e confirmou que as indicações políticas para as 12 vice-presidências do banco passarão por ele.
O presidente ressaltou a importância da aproximação de partidos de centro que antes não faziam parte da base do governo, afirmando que quando um partido indica um ministro, a tendência natural é que ele passe a ser parte da base de apoio na Câmara dos Deputados. Apesar de Ciro Nogueira, presidente do PP, defender a oposição ao governo, Lira esclareceu que estão tratando especificamente da base de apoio política no Congresso.
No entanto, Lira também reconheceu que não é possível garantir que todos os 49 deputados do PP votem de acordo com os interesses do governo, mas acredita em uma base sólida. Com a entrada do PP e Republicanos no governo, a base de apoio ao presidente Lula na Casa deve contar com aproximadamente 340 a 350 votos, o que seria suficiente para aprovar propostas de emenda à Constituição (PEC).
Lira negou que as negociações tenham caráter de fisiologismo e explicou que essa é a maneira escolhida pelo governo eleito democraticamente de formar sua base, trazendo partidos para ocupar espaço na Esplanada dos Ministérios. Ele comparou esse acordo com o acerto feito no início do governo, que deu ministérios para PSD, União Brasil e MDB, destacando que não há diferença entre esses partidos que aderiram à base de apoio em momentos distintos.
Fonte: Portal do Castelo
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