Técnico de vôlei preso suspeito de abusar atletas em Manaus filmava crimes como “fetiche”

Walhederson Brandão Barbosa, 40, o técnico da Seleção Amazonense de Volêi, preso na manhã de hoje por abusar de atletas adolescentes teve um vídeo de sexo com os menores publicado nas redes sociais. Um grupo de seis vítimas estava morando com o suspeito.

Segundo a delegada Joyce Coelho, as investigações em torno do caso começaram há três meses, a partir de uma denúncia anônima informando sobre a publicação do vídeo íntimo do treinador com dois jogadores da seleção, ambos de 16 anos.

Ela conta que os vídeos eram um tipo de “fetiche” do treinador. De posse da informação, a Polícia Civil conseguiu identificar Walhederson e descobriu que ele abusava das vítimas com a promessa de colocá-las em grandes times de vôlei do país. 

O modus operandi dele é igual, ele é um treinador e com isso tem acesso a vários estudantes de escolas públicas e particulares e também é técnico da Seleção Amazonense Sub-16 masculino. Com isso, ele acaba aliciando adolescentes que tem o sonho de ser jogador de vôlei, com promessas de ascensão”, explica a delegada Joyce Coelho.

Ela revela que para convencer as vítimas a manterem relações sexuais com ele, Walhederson prometia um lugar de destaque na seleção e participação em grandes competições no Paraná e em São Paulo. Para algumas ele prometia até enviá-las para competições internacionais.

Além de explorar sexualmente os garotos, o técnico também fazia questão de filmar os abusos como uma espécie de “fetiche”. Um desses vídeos acabou vazando na internet e circulou entre outros adolescentes de uma escola pública onde alguns menores estudavam.

Após a polícia identificar seis vítimas e dar início às investigações, Walhederson continuou tendo contato com os atletas e os questionava sobre as informações que eles haviam repassado nos depoimentos.

Mesmo sabendo que estava na mira da polícia, o homem não se intimidou e continuou cometendo os crimes. Durante a prisão dele hoje (14), na “Operação Bloqueio”, Walhederson foi flagrado na cama com dois adolescentes. Os garotos e outro quatro colegas estavam morando com o técnico em uma residência no bairro Lírio do Vale.

“Havia relatos de que ele também trazia meninos do interior, ele botava esses meninos na casa dele. A gente acreditava que tinham dois adolescentes na casa dele, entretanto, nós encontramos seis garotos residindo com ele na mesma casa, inclusive um garoto de Nova Olinda do Norte, que estava com ele há 4 anos (…) Os pais confiaram nele como uma espécie de ‘tio’, ele era o responsável por ele na escola e havia essa troca sexual”, diz Joyce.

Até o momento, 12 vítimas já foram identificadas, mas a polícia acredita que há muito mais. “Durante as investigações ficou claro que esse homem já atua há quase 20 anos da mesma forma e a gente imagina que há um número muito maior de vítimas”, destaca. 

A delegada convoca a A Polícia esclarece que os pais não eram coniventes e sequer sabiam da situação. Eles estão tomando conhecimento dos crimes conforme o avançar das investigações.

Walhederson vai responder por favorecimento à prostituição, exploração sexual, armazenamento de imagens contendo cena de sexo e estupro de vulnerável. Ele pode responder ainda por tráfico humano, uma vez que trazia menores do interior do estado.

Foto: Reprodução / Fonte: Portal do Holanda

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