Vários países europeus, incluindo Bélgica, Alemanha e Itália, estão acompanhando a ação regulatória francesa contra o iPhone 12 da Apple, aumentando a chance de mais proibições devido a supostas violações dos limites de exposição à radiação.
A ANFR (Agência Nacional de Frequências), a Anatel da França, ordenou na terça-feira (12) que a Apple pare de vender o iPhone 12, lançado em 2020, em lojas físicas e online, após testes realizados pelo órgão regulador constatarem que o smartphone não atende às normas da UE.
Jean-Noel Barrot, secretário para assuntos digitais, ainda deu à Apple um prazo de 15 dias para lançar uma atualização de software para o celular que o ajuste às regras. “Se não o fizer, estou pronto para ordenar o recall dos iPhone 12 em circulação”, disse ele ao jornal Le Parisien. “A regra é a mesma para todos, incluindo gigantes da tecnologia.”
As autoridades francesas notificaram a Comissão Europeia e reguladores de outros países membros da UE sobre a decisão, em conformidade com as regras do bloco. A ação colocou Paris em um papel de liderança nessa questão, porque sua decisão se aplicará, a menos que haja objeções, a outros países.
“No momento, os Estados membros têm um período de três meses para examinar essas restrições”, disse Sonya Gospodinova, porta-voz da Comissão para mercados internos. Se nenhum Estado membro se opuser às ações francesas, as restrições se aplicarão a toda a UE, de acordo com a comissão.