Cinco navios chineses foram acusados de violar águas proibidas e restritas das ilhas Kinmen, território disputado entre Pequim e Taiwan, de acordo com o presidente do Conselho de Assuntos Oceânicos da ilha autônoma, Kuan Bi-ling. O incidente intensifica as tensões na região, que já vinha enfrentando uma escalada de atritos.
Kuan explicou que um dos navios entrou em “águas proibidas”, enquanto outros quatro navegaram pelas “águas restritas” de Kinmen, um arquipélago localizado próximo à cidade de Xiamen, no sudeste da China, e habitado por mais de 100 mil taiwaneses.
O trecho proibido por onde as embarcações passaram estende-se entre a costa chinesa ao norte e nordeste, cerca de quatro quilômetros a leste e outros oito quilômetros ao sul do arquipélago. No entanto, a China não reconhece oficialmente essas fronteiras.
O ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, afirmou que a demarcação é responsabilidade da Guarda Costeira da ilha, descartando qualquer intervenção militar na zona. “O ministério tem procedimentos de prontidão para combate muito claros, mas não esperamos que tal aconteça”, declarou Chiu.
A tensão na região aumentou na semana anterior, quando uma lancha chinesa, sem documentação de registro no porto, invadiu as águas de Kinmen, resultando na morte de dois tripulantes após perseguição da Guarda Costeira de Taiwan. Em resposta, Pequim anunciou patrulhas na área para “proteger as vidas e propriedades dos pescadores”, acusando as autoridades taiwanesas de tratamento “cruel e perigoso” aos pescadores chineses.
Historicamente, as Ilhas Kinmen têm sido alvo de disputas entre a China e Taiwan, e os recentes eventos agravaram as tensões, refletindo o contínuo atrito entre os dois lados.
Gospel Prime
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