O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem se dedicado, desde que assumiu o terceiro mandato, a melhorar sua imagem internacional. Já propôs a criação de um “clube da paz” para intermediar a guerra na Ucrânia – que fracassou – e tem tentado se colocar como um líder global da preservação ambiental e dos países em desenvolvimento. Mas a insistência nessas agendas, que ganham muitas vezes mais destaque do que assuntos nacionais devido às constantes viagens do presidente, também sugere que Lula pode estar de olho em um prêmio Nobel da Paz.
O PT e o atual assessor de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, já defenderam, alguns anos atrás, que o petista seja indicado e laureado, por “retirar quase 30 milhões de brasileiros” da pobreza. Agora, em fóruns internacionais, Lula foca em temas que são apreciados pela premiação.
“Os pilares do meio ambiente, o combate à desigualdade e a luta por reformas às lideranças globais são, basicamente, os pilares do Prêmio Nobel da Paz”, pontua o cientista político Marcelo Suano, diretor de Projetos do Centro de Estratégia, Inteligência e Relações Internacionais. “Ora, para se ganhar um prêmio Nobel da Paz você tem que defender os direitos humanos, defender a democracia e defender o meio ambiente. Lula tem apostado em sua imagem”, complementa.
Enquanto isso, o estado do Amazonas tem passado por apuros, o estado vive seu pior momento de queimadas desde a década de noventa. Para piorar a estiagem tem deixado 60 municípios do Amazonas em isolamento, o governo do estado tem se dedicado para tentar apoio federal em meio ao caos no estado.