Uma moeda de apenas 50 centavos pode render um lucro de R$1,8 mil a seu proprietário. Conhecida como “mula” ou “moeda híbrida”, ela é considerada rara e o seu valor varia conforme o seu estado de conservação. E o que a torna rara?
Uma simples falha na produção. Ao invés do valor correto, a moeda foi estampada com um 5 solitário. Rapidamente percebido e corrigido, algumas dessas moedas únicas escaparam do confinamento do cofre da Casa da Moeda e encontraram o caminho do mercado.
A raridade e o valor dessas moedas chamaram a atenção de falsificadores menos escrupulosos, inundando o mercado com imitações. Isso tornou a venda dessas moedas um desafio. No Brasil, o mercado de moedas está florescendo com novos colecionadores e comerciantes de moedas.
O Diretor de Comunicação da Sociedade Numismática Brasileira (SNB) conta que entender as sutilezas do mercado é crucial. Embora a SNB receba ofertas diárias para vendas, a organização não compra nem avalia peças numismáticas. Em vez disso, os interessados devem procurar comerciantes dispostos a adquirir suas peças.
As moedas são categorizadas de acordo com o grau de desgaste e conservação, os termos corretos são “Flor de Cunho” (FC), que é quando o item apresenta sinais de manuseio, e o “Um Tanto Gasta” (UTG), onde apenas a silhueta da figura principal e as letras da periferia são visíveis.
Além disso, a raridade também desempenha um papel importante. “Sempre pense que uma moeda é rara quando existem menos de 100 moedas disponíveis no mundo”, esclarece Oswaldo.